quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Cultura

MÚSICA


Os géneros musicais genuinamente cabo-verdianos pode-se mencionar o batuque, o colá, a coladeira, o funaná, a morna, a tabanca. Outros géneros musicais não são originários de Cabo Verde, mas ganharam características próprias, como o lundum, a mazurca, a valsa.



CESÁRIA ÉVORA, «a diva dos pés descalços»

É a cantora de maior reconhecimento internacional de toda história da música popular cabo-verdiana. Apesar de ser sucedida em diversos outros géneros musicais, Cesária Évora é maioritariamente relacionada com a morna, por isso também é por vezes apelido "rainha da morna".


SODADE




QUEL CASINHA





Quel casinha naquel ladera
na meio di sol e ventania
era un paloce di pedra e cal
costruido na meio di luta

'M ta lembra sorriso di nha paia
embora cansode
se alegria d'oia nos f'licidade
desabrocha

Quel casinha naquel ladera
era um mundo meravilhode
inda 'm ta lembra nos bricadera
nos ilusao, nos sonhe calode

E na cansao di nos deseja
esperança no tinha di conche mundo
pa disfruta se doce e se margoze
tudo se riqueza
e volta um dia pa semplicidade
di nos casinha

Quel chalutera na se quintal
era un floresta pa aventura
na cinema d'nos fantasia
nos era sport contra bandide

Na hora minguarda no tava descansa
la na sombra di se impesa
no tava uvi gente grande ta conversa
ta ralembra
tha partilha tudo ses recordaçao
ses mocidade
quel casinha

Nha casinha hoje ta-me bem longe
li ness cidade d'arranha-ceu
vida léva-me pa ote ladera
mas agreste sem muto doçura

Quel chalutera hoje ja v'ra lenha
tuda ja muda, f'ca sa lembrança
na meio dum mar de f'maça e casarona
nha casinha ja' me perde
naquel ladera surgi um novo cidade
e onde nha casinha

Oh nha casinha, onde bo ta
pa nha casinha ja' me qu're volta
onde nha casinha...


ORLANDO PANTERA





Morreu aos 33 anos, mas em Cabo Verde já era um mito. Há quem fale em Orlando Pantera como a maior descoberta musical da década. Agora em Portugal registos precários das suas músicas passam de mão em mão por aqueles que se descobriram fãs. Quando se fala com quem o conheceu várias ideias se repetem. A de que nele as pulsações nasciam da música e batiam ao ritmo de uma criatividade generosa. A de que a naturalidade com que musicava a vida era uma dávida (talvez ele, católico, pensasse que de Deus) a partilhar com os outros.
Assim ficou espalhada a música de Orlando Pantera.


FERRO GAITA




Nos finais dos anos 90, assiste-se a um retorno às raízes,onde os conjuntos preferem interpretações com gaitas e ferrinhos autênticos (ocasionalmente adiciona-se um baixo, uma bateria e/ou uma guitarra). Um dos principais conjuntos dessa nova vaga é o conjunto Ferro Gaita.


PÓ DI TERRA

O batuque é considerado a manifestação musical cabo-verdiana de carácter mais nitidamente africano. Durante muito tempo, no período colonial, foi considerado como algo «selvagem» e repudiado pela Igreja, devido à sensualidade da dança que o acompanha. Contudo, no seu meio original, esteve sempre ligado ao ambiente familiar, às festas de casamento e baptizados.

Trata-se de um grupo de percussionistas-vocalistas, normalmente mulheres que, sentadas em semicírculo, prendem entre as coxas um pedaço de tecido enrolado (às vezes envolvido num saco plástico)






DANÇA



A Dança cabo-verdiana, tanto a tradicional como a contemporânea, está bastante ligada aos ritmos musicais mais populares, como a morna, a coladeira, o funaná, o batuque, o colá e o talaia-baixo.









TEATRO



O Teatro em Cabo Verde remonta aos primórdios da época colonial, sobretudo o teatro de raiz popular e religiosa, ligado aos rituais de trabalho e aos rituais sagrados. A representatividade cénica cabo-verdiana igualmente oriunda do teatro medievo português e do teatro africano inscrita no papel do Griot. Desse encontro, emerge essencialmente a comédia popular.






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